

Nesta última quinta, sexta e sábado (14, 15 e 16 de agosto), Natal sediou e recebeu mais uma vez as bandas do Festival de Música Independente MADA (Música Alimento da Alma). O Festival que esse ano teve completada a sua 10ª edição, trouxe como bandas principais "O Rappa", "Pato Fu", "Lobão", e o carioca "Seu Jorge", pela primeira vez na capital potiguar. Como já era de se esperar, todo ano, a opinião do público quanto às atrações, sempre se diverge entre satisfações e frustrações. Mas fato é que mesmo assim pode-se constatar cerca de, em média, 3mil pessoas por dia na arena.
Parabéns à organização do evento pela estrutura, produção e ordem estabelecida. Não vi uma briga. O que vi foi um jogo de luz sensacional, no palco principal e demais partes que cabia tal capricho, uma gente empolgadíssima curtindo os muitos sons que rolavam tanto na tenda eletrônica, camarote e no palco principal. O espaço destinado ao consumo de bebidas e comidas também estava ótimo, com nada a desejar. Tinha de tudo. O que ajudou a esquentar as noites frias que fazia na praia.
Falando agora sobra as atrações escohidas pelo organizador e idealizador do Festival, Jomardo Jomas ousou e inovou trazendo atrações que surpreenderam o público e incomodaram alguns outros gerando argumentações e manifestações entre os críticos da cidade.
Segundo estes, a presença de tais bandas como, a potiguar THE VOLTA, a carioca MACANJO, a paulista CURUMIN e a cantora paulista MALLU MAGALHÃES, descaracterizou e fugiu ao padrão do festival. Julgaram não combinar.
Mas eu cá vos pergunto leitores, o MADA não seria um Festival de música independente? Pois bem, deveria então justamente mostrar e tocar o trabalho da galera desse cenário indie. Não concordam? De modo que não vejo nenhuma incoerência nem discrepância entre a participação dessas bandas citadas acima e o intuito e objetivo do evento, que é promover a música independente das gravadoras. É verdade que tais estéticas musicais que se fazem presentem nessas bandas, como o pop, eram até agora incomuns ao Festival, porém julgo não ter sido um erro do Jomardo ter trazido-as e aprovo as suas escolhas.
Música é música! cada um que cuide de fazer e separar uma receita balanceada do que acreditam ser necessário e indispensável ao alimento de suas almas. (e como temos almas deficientes e mal nutridas musicalmente nesses dias de hoje). São doentes de excesso ou de falta. Excessos esses que tornam as pessoas presas à um determinado estilo musical e preconceituosas a aceitar os outros demais.
Infelizmente em Natal ainda existe muita gente surda. E não falo de ouvidos físicos, humanos. Falo de gente que simplesmente não sabe ouvir música. Limitados, lamentavelmente, por não terem a sensibilidade de entender a arte, a mensagem e o mundo de sensações e reflexões que só a música em sua sublime essência é capaz de trasmitir.
Termino portante a minha análise e revisão com um pedido. "Galera, não se limitem a certos padrões impostos pela mídia ou por alguns poucos babacas que pensam ser exímios entededores do assunto e donos da verdade. Não estou falando que você leitor, agora, deva gostar de tudo. Não. Cada um tem as suas preferências e particularidades, mas sugiro, indico, pelo menos experimentar. Prove, sinta, ouça, analise e tire disso uma conclusão.
Tente não ouvir estilos musicais, tente ouvir música! Liberte-se de pré-conceitos esteriotipados que só assim você provará do tão especial e maravilhoso, gostoso, que é o prazer de entender uma boa música.
e tenho dito, abração.
Yasmim Kyssyanne.